Fugi da realidade
Para enfim me encontrar
À espera de uma verdade
Que eu não precisasse aguardar
E lá, na minha idiossincrasia
Pus me a sonhar
Longe de toda a hipocrisia
Que costumava frequentar
Não podia mais suportar
Toda aquele circunlóquio
Decidi me refugiar
No meu próprio solilóquio
Agora sonho minha própria verdade
Fugi das amarras que fomentavam minha vaidade
Tornei-me o ser
No meio do ter
Tornei-me o alguém
No meio do ninguém
Tornei-me o anarquista
No meio da ditadura
Que conclama sua conquista
No seu grito de amargura
Agora sou livre pensador
Poeta, amante da dor
Sociedade dos amantes
Dos indecentes
Dos errantes
Incompetentes
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